Os tratamentos contra o câncer podem causar problemas na boca, na garganta e nos dentes. Por exemplo, a radioterapia na cabeça ou no pescoço pode alterar as glândulas salivares e os tecidos da boca e dificultar a mastigação e a deglutição. Alguns tipos de quimioterapia e imunoterapia também podem danificar as células da boca, da garganta e dos lábios.
A quimioterapia, em especial, atua matando células que se multiplacam mais rapidamente que a outras. Infelizmente, as células saudáveis também acabam morrendo e toda mucosa do aparelho digestivo sofre, justamente por sua rápida multiplicação celular. Como consequencia, é comum o aparecimento de mucosites, uma inflamação da mucosa oral, que ocasionar dor, podendo haver aftas e feridas na boca.
Para amenizar os sintomas orais, tente:
- escovar os dentes e as gengivas ao acordar, antes de dormir e após todas as refeições. Mas não se esqueça de que a escova deve ter cerdas macias;
- beber bastante água. A hidratação evita o ressecamento e, consequentemente, feridas;
- evitar alimentos ácidos, apimentados, salgados e secos;
- checar diariamente sua boca para observar se apareceu alguma lesão. Assim, você consegue tratá-la precocemente;
- evitar produtos que contenham álcool para enxaguar a boca;
- não fumar ou consumir álcool.
O laser de baixa intensidade tem sido proposto para o tratamento da mucosite oral, com resultados satisfatórios dos pontos de vista clínico e funcional, acelerando o processo de cicatrização das feridas e diminuindo o quadro doloroso. Estudos apontam para redução na ocorrência de sequelas cutâneas provocadas pela radioterapia, assim como da dor e da necessidade de tratamentos cutâneos com o uso da luz laser.
As células da mucosa oral respondem à irradiação com luz monocromática originada de lasers e LEDs, alterando seu metabolismo, passando por modificações complexas, resultando em uma maior resistencia celular.s
As sessões de laserterapia são indolores, não sendo nada mais do que a aplicação de uma fonte de luz com comprimento de ondas específicos. O laser utilizado na odontologia é de baixa frequência e conta com propriedades bioestimuladoras e biomoduladoras.
1) Nistatina, solução oral, 100.000 UI/mL